«A fé é sempre também um acreditar junto com os outros»
«A fé é sempre também um acreditar junto com os outros»
«De modo particular, quero recordar a pastoral dos refugiados imediatamente depois da II Guerra Mundial: então muitos clérigos e leigos realizaram grandes coisas para atenuar a penosa situação dos fugitivos e dar-lhes uma nova pátria»
Milhares de pessoas participaram na Eucaristia presidida pelo Papa, em Erfurt, na antiga República Democrática da Alemanha. Na homilia, o Pontífice agradeceu aos pais que, no meio da diáspora e num ambiente político hostil à Igreja, educaram os seus filhos na fé católica. «Especialmente em Eichsfeld, houve muitos cristãos católicos que resistiram à ideologia comunista. Queira Deus recompensar abundantemente a perseverança na fé».
O Papa sublinhou ainda o «corajoso testemunho e a paciente confiança na providência de Deus são como uma semente preciosa que promete fruto abundante para o futuro», referindo-se aos tempos do comunismo. As últimas duas década mostram, também,«um horizonte mais largo, um intercâmbio para além das fronteiras, uma certeza confiante de que Deus não nos abandona e nos guia por caminhos novos», lembrou o Santo Padre.
Durante a homilia evocou os santos patronos de Erfurt, nomeadamente Santa Isabel da Turíngia e São Bonifácio, e enumerou outros para assinalar que «a presença de Deus manifesta-se de maneira particularmente clara nos seus santos». Eles mostram que «é possível e que é bom viver, de modo radical, a relação com Deus, colocando Deus no primeiro lugar e não como uma realidade entre as outras», defendeu.
Aos fiéis assinalou que «a fé é sempre também um acreditar junto com os outros». A fé que cada um deve a Deus, que se dirige a si, é também algo que se deve aos que «vivem ao meu redor e que acreditaram antes de mim e acreditam juntamente comigo. Este «com», sem o qual não pode haver qualquer fé pessoal, é a Igreja», disse. «Se nos abrirmos à fé integral ao longo de toda a história e nos seus testemunhos em toda a Igreja, então a fé católica tem um futuro, mesmo como força pública na Alemanha», concluiu.
Fonte: www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=20696&sec=8