Igreja pede investigação dos crimes norte-coreanos

08-09-2011 13:26

Igreja pede investigação dos crimes norte-coreanos

Texto E. Assunção | 08/09/2011

Mais de 40 organizações, reunidas em Tóquio pedem uma investigação das Nações Unidas sobre crimes contra a humanidade cometidos na Coreia do Norte. "Seria um gesto de caridade para a população", declara a Igreja católica

As mais de 40 organizações de defesa dos direitos humanos e da legalidade, de vários países do mundo, reuniram-se em com o objectivo de formar uma frente da sociedade civil e lançar uma campanha para pressionar os Nações Unidas. Segundo a agência Fides, a proposta parte de organizações da Ásia, Europa, América Latina e América do Norte, entre as quais está a Amnistia Internacional, a Federação Internacional dos Direitos Humanos e muitas outras organizações de inspiração cristã.

 

As organizações apontam a existência de “campos de cativeiro e reeducação”, espalhados pela Coreia do Norte, onde estarão presos mais de 200 mil cristãos norte-coreanos, sujeitos a torturas e tratamentos cruéis e desumanos. Várias fontes afirmam que os presos políticos, com as suas famílias, condenados à pena de prisão perpétua, são submetidos a trabalhos forçados e à fome.


O bispo de Cheju e presidente da Conferência Episcopal da Coreia do Sul, Peter Kang, declara-se favorável à iniciativa. “A ONU, com a sua autoridade, é o único organismo apropriado para uma tal investigação. Seria um gesto de caridade para com o povo norte-coreano, oprimido por um regime ditatorial e seria a única possibilidade e esperança de vida oferecida a todos aqueles que sofrem e morrem nos campos de concentração no norte”. Entre eles há muitos presos por razões de consciência e de religião.

 

“Estamos muito preocupados com as violações dos direitos humanos e os crimes contra o povo norte-coreano”, explicou o bispo. “Desejamos manter abertos os canais do diálogo e da ajuda humanitária para manter viva a esperança de reconciliação e de ressurgimento da fé cristã no norte”. O arcebispo de Kwanju, Iginus Kim Hee-jong, deslocar-se-á à Coreia do Norte, a 21 de Setmbro próximo, à frente de uma delegação de sete líderes religiosos, membros da “Koeran Conference of Religions for Peace”, da qual o arcebispo é presidente, com o objectivo de “reabrir uma estrada de diálogo e de paz”.

Fonte: www.fatimamissionaria.pt/artigo.php?cod=20521&sec=8