IGREJA DE HONG KONG CRITICA REFORMA ESCOLAR CHINESA
XANGAI, 26 SET (ANSA) - A Igreja Católica de Hong Kong criticou a nova reforma escolar chinesa apresentada pelo Partido Comunista da China (PCCh) que introduz lições de "educação nacional", classificando-a como uma "lavagem cerebral".
O cardeal Joseph Zen Ze-kiun, ex-chefe da Igreja Católica da ilha, pediu que professores, estudantes e familiares se oponham ao plano do governo, que pretende que todas as escolas primárias e secundárias acatem a reforma.
Segundo o religioso, esse tipo de ensino, que ainda não foi aprovado pelo governo, pode levar a um nacionalismo extremo no país.
"A educação nacional significa apoio incondicional ao Partido Comunista? Significa exaltar as regras do partido na história?", questionou Zen.
Questionado sobre o papel da Igreja Católica no mundo escolar e se as autoridades eclesiásticas deve ao menos encorajar os professores a se recusarem a adotar a agenda governamental em ato de desobediência civil, o cardeal afirmou que não exclui essa possibilidade.
Ele também criticou a proposta governamental de obrigar todas as escolas que são beneficiadas com ajuda estatal a instituírem comissões de gestão formadas por pais, professores e membros da comunidade local.
Zen argumentou que "a Igreja Católica tem a obrigação de oferecer controle e contrapeso ao governo" e de apoiar o poder do povo. Segundo ele, sem esta autonomia da Igreja," o governo pode fazer o que quer, incluindo a lavagem cerebral dos jovens levando adiante um nacionalismo extremo e errado".
A Comissão diocesana para a Instrução Católica não comentou diretamente as palavras do cardeal, mas afirmou que todas as opiniões públicas devem ser levadas em consideração. (ANSA)
Fonte: www.ansa.it/ansalatinabr/notizie/rubriche/mundo/20110926093335321653.html