O DIA DA INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL

07-07-2011 13:28

O DIA DA INDEPENDÊNCIA DO SUDÃO DO SUL


Roma, 07 jul (RV) - “O humor da população é alto, há entusiasmo pelo evento. Estão em andamento os trabalhos para consertar ruas e pintar os edifícios”: foi o que disse à agência Fides o Padre Martin Ochaya, Secretário-Geral da Arquidiocese de Juba, a capital do Sudão do Sul, que neste dia 9 de julho proclamará oficialmente a sua independência do resto do país. A independência do novo Estado foi decidida por referendo popular em 9 de janeiro último.

“A população tem grandes esperanças para o futuro, porque acha que, graças à independência, a situação será diferente", disse Padre Martin. Também a Igreja Católica, junto com outras comunidades religiosas, participaram na preparação do evento. “Quarenta dias antes da independência – explica o sacerdote - lançamos uma iniciativa pastoral que proporcionou momentos de oração e eventos para promover a reconciliação. Dois dias atrás, se realizou o Dia da Reconciliação.

Foi uma iniciativa ecumênica com vários momentos de oração, de testemunhos e confissões. O Santo Padre Bento XVI - continua o Secretário-Geral da Arquidiocese de Juba - enviou como seu representante para a cerimônia de independência, além do Núncio Apostólico no Sudão, Dom Leo Boccardi, também o Cardeal John Njue, arcebispo de Nairobi. “Estamos, portanto, comprometidos em acolher aqueles que virão festejar conosco a independência do Sudão do Sul, como as representações episcopais de toda a região do Leste da África e da Catholic Relief Services. As orações de agradecimento e pedidos de graças continuarão em todas as paróquias mesmo depois da independência, durante todo o mês de julho”.

Sobre a possibilidade de que a crise de Abyei (território disputado entre o norte e o sul do Sudão) e do sul Kordofan (área que está no norte do Sudão, mas habitada pela população Nuba que não aceita permanecer sob o governo de Cartum) possa afetar as celebrações pela independência do Sudão do Sul, Padre Martin explica: “Ainda há tensão, mesmo se na região de Abyei o cessar-fogo é respeitado e está previsto o envio de Capacetes Azuis etíopes. A população, que fugiu da área, vive ainda em campo aberto. Mas eu não acho que há um risco de novos combates num breve espaço de tempo. A do sul de Kordofan é outra história. Continua sendo um problema grave, mas os sudaneses do sul não querem que esta crise condicione negativamente as celebrações por ocasião de sua independência”. (SP)

Fonte: https://www.oecumene.radiovaticana.org/bra/articolo.asp?c=502412