Após 15 anos de sua morte, saltense está em processo de beatificação
Após 15 anos de sua morte, saltense está em processo de beatificação
Publicado: Sexta-feira, 6 de maio de 2011 por Flávia Gati
Maria de Lourdes Guarda é conhecida por sua devoção à Deus.
A.I/Prefeitura de Salto |
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Em 1980, foi eleita coordenadora nacional da FCD, e no ano seguinte começou a viajar, formando em todo território nacional, grupos de fraternidade |
A morte de Maria de Lourdes Guarda, completa 15 anos dia 05 de maio. Devido a sua inestimável devoção à Deus e relatos de pessoas que alcançaram graças por intercessão da saltense, está em processo de beatificação e já passou pela primeira fase, sendo considerada “Serva de Deus”.
O prefeito Geraldo Garcia aguarda todas as instruções da Igreja Católica para as providências necessárias sobre esta questão oficial que já tramita no Vaticano. “É motivo de honra e orgulho saber que Salto tem uma pessoa que é referência de fé”, declarou Geraldo.
Maria de Lourdes Guarda
Maria de Lourdes Guarda nasceu em Salto (SP), no dia 22 de novembro de 1926, filha de Innocêncio Guarda e Júlia Froner Guarda. Estudou como interna no Colégio Patrocínio das Irmãs de São José, em Itu, lecionou em Salto, no Colégio da Congregação das Filhas de São José (D. Caburlotto).
Sonhava em seguir os passos de sua irmã, na vida religiosa, mas primeiramente precisava tratar de um problema na coluna, uma lesão que lhe causava dor. Foi operada com relativo sucesso em 12/08/1947, mas as dores não passaram, e precisou se submeter a uma segunda cirurgia, que a deixou paralisada da cintura para baixo. Durante cinco anos sofreu seis operações, como tentativas frustradas de fazê-la andar. Com o pé direito gangrenado, teve a perna amputada do joelho para baixo.
No dia 09/08/1972, no Hospital Matarazzo, celebrou seus 25 anos de paralisia. Assumiu sua condição de deficiente física e embora deitada, numa forma de gesso, com uma perna amputada e a outra atrofiada, trabalhava para pagar sua diária na enfermaria, fazendo tricô e bordados sob encomenda. Seu quarto era um ponto de encontro e de atração, que reunia não só amigos, mas pessoas que buscam consolo e ajuda para suas carências.
Se engajou na Fraternidade Cristã de Doentes e Deficientes – movimento internacional fundado na França, e ajudou a difundir no Brasil. Ao aceitar e assumir sua realidade paraplégica, abre espaço para acolher a graça de Deus, e tem a mesma experiência que o Apóstolo Paulo, 2º Cor 12,9: “Basta-te a minha graça, pois é na fraqueza que a força manifesta todo o seu poder”.
Em 1980, foi eleita coordenadora nacional da FCD, e no ano seguinte começou a viajar, formando, em todo território nacional, grupos de fraternidade graças a doações de passagens de uma empresa aérea, que incluíam os acompanhantes, médico e enfermeira. Em 1992 terminou seu mandato como coordenadora da FCD, e suas viagens cessaram, pois o movimento já estava semeado por todo o Brasil.
Faleceu em cinco de maio de 1996, e está sepultada no cemitério de Salto, túmulo de sua família.
Fonte: https://www.itu.com.br/regiao/noticia/apos-25-anos-de-sua-morte-saltense-esta-em-processo-de-beatificacao-20110506