CEAST alerta angolanos a se manterem atentos aos sinais do tempo
CEAST alerta angolanos a se manterem atentos aos sinais do tempo
Fonte: https://www.portalangop.co.ao/motix/pt_pt/noticias/sociedade/2011/3/16/CEAST-alerta-angolanos-manterem-atentos-aos-sinais-tempo,101e4bf5-e53f-4f6b-af63-ac3504902b15.html
Dondo - A Conferência Epicospal dos Bispos de Angola e São Tomé (CEAST) chamou a atenção à população angolana a se manter vigilante e atenta perante os acontecimentos políticos que ocorrem nos últimos tempos no continente africano.
A elucidação vem expressa numa nota Pastoral intitulada "Perante a actual Situação", lida pelo pároco da Igreja Católica, no Dondo, padre Victor Cequeira, durante a celebração da missa por ocasião do domingo de ramos, assinalado pelo mundo cristão.
O documento refere que o país tem registado nos últimos dias uma certa agitação, sem consequências alarmantes, mas que representa inicios suficientes para que as autoridades e a população se mantenham em estado de alerta.
Tais acontecimentos têm reflexos na perturbação da paz e reconciliação nacional, pondo em causa o bem- estar da população e o resvalar da democracia, tidos como méritos alcançados pelos angolanos e que não devem ser defraudados.
Perante esta realidade, os bispos reiteram a necessidade de haver um reforço das relações familiares, como garante da confiança que se vai estender na comunidade, e consequente unificação do país.
A nota adverte que a Igreja não deve ser instrumentalizada por partidos políticos, nem sequer por aqueles que exercem o poder. Ela submete- se as suas opções políticas, desde que não colidam com os interesses da fé.
Neste sentido, o clérigo ressalta a necessidade de haver um farol nas relações humanas, tendo como linha de força a verdade, que deve ser esclarecida aos cidadãos, sobre o actual contexto político, económico e social do país, para que haja flexibilidade nos discusos políticos e boa interpretação da parte de quem os escuta.
Para se alcançar este desiderato, refere ainda o documento, "é necessária a intervenção da comunicação social, a quem cabe a nobre tarefa de divulgar a verdade, sendo este um direito público, reservado ao exercício da multimédia".
Neste exercício, os profisionais de comunicação devem estar despidos de qualquer conotação politico ou partidária, a par das forças de segurança e ordem interna, na medida em que a liberdade de opinião confere o direito do cidadão expor as suas ideias e conhecer a opinião dos outros, oportunamente divulgadas.
A isso implica a ausencia de manipulação da informação e a implantação de qualquer espécie de sensacionalismo, evitando que os jornalistas introduzam roupagens, que visem escamutear a verdade da notícia, tornando o cidadão mais esclarecido, capaz de dar o seu contributo no desenvolvimento do país.
A pronuncia, segundo ainda o documento, visa conferir aos partidos o direito de trabalharem para o bem comum, sem estar dotado de praticas aliciadoras como recurso a conquista da simpatia do cidadão, o que irá estimular a tranquilidade do povo e impedi-lo de se manifestar de forma desonesta.