Entidades vão pedir parecer ao Conselho Municipal de Meio Ambiente
Entidades vão pedir parecer ao Conselho Municipal de Meio Ambiente
A proposta e criação do crematório municipal em Campo Grande foi debatida na tarde desta quarta, 20, na sede do Cedampo. As entidades presentes resolveram solicitar um parecer ao Conselho Municipal de Meio Ambiente sobre o assunto e levar a proposta aos vereadores. O debate sobre um crematório público teve início após reclamações recebidas pelo Sindinapi – Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos/MS – sobre os preços praticados pelos planos de serviços funerários considerados altíssimos. Segundo o presidente do sindicato, Jânio Macedo, os preços são altos e oneram sobremaneira o orçamento dos aposentados. “Hoje, um enterro particular não fica por menos de R$ 4.800,00 para quem não tem plano. Como não existe um crematório público, os familiares têm que arcar com os custos ou ver seus entes queridos serem enterrados como indigentes.” Para Jânio, a implantação do crematório seria uma alternativa que serviria para coibir o cartel estabelecido. “Não existe concorrência, então os preços são fixados nas alturas, dessa forma o cidadão é explorado até na hora da morte”. Já para Haroldo Borralho, do Cedampo, a proposta do crematório tem também um viés ambiental e não só econômico. “A cremação envolve também o aspecto cultural, pois embora seja uma prática legalizada e aceita na maioria dos países, ainda é preciso estabelecer um novo paradigma sobre o assunto, uma vez que envolve também aspectos de tradição religiosa que precisam ser respeitados”, afirma Haroldo. Segundo Haroldo, representantes da Igreja Católica também se mostraram favoráveis à proposta, considerando que não infringe a concepção da igreja. Como exemplo cita o ex-presidente José Alencar, um católico que pediu para ser cremado recebendo todos os sacramentos da Igreja. Para o reverendo Carlos Calvani, único representante da Igreja Anglicana em Mato Grosso do Sul e responsável pela Paróquia da Inclusão, a proposta é viável. “Já está na hora de Campo Grande ter um crematório para oferecer uma alternativa às famílias interessadas. A Igreja Anglicana dá todo acompanhamento espiritual às cerimônias fúnebres”. Ele não considera a cremação uma ação de desrespeito à religião de ninguém. Durante o debate foi colocada também a possibilidade de um crematório para animais. Dessa forma os animais de criação teriam um destino adequado, o que seria importante do ponto de vista do saneamento público. As entidades de proteção aos animais serão procuradas para discutir o assunto. (Fonte: Cedampo)
Fonte: https://www.capitalnews.com.br/ver_not.php?id=210844&ed=Meio%20Ambiente&cat=Not%C3%ADcias