Nova classe média do Brasil é menos evangélica, afirma CNBB
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Aparecida - (Folhapress) - O novo presidente da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), d. Raymundo Damasceno Assis, disse ontem que a ascensão social de quase 30 milhões de pessoas nos últimos anos as tornou mais "críticas". Por conta disso, disse, a presença evangélica na população do país teria caído. Fonte: https://www.ilustrado.com.br/2011/ExibeNoticia.aspx?Not=Nova%20classe%20m%C3%A9dia%20do%20Brasil%20%C3%A9%20menos%20evang%C3%A9lica,%20afirma%20CNBB&NotID=3334
"Elas começam a ler mais, a estudar mais, e por isso são mais críticas em relação a muitas posturas hoje na sociedade", afirmou, após o encerramento da 49ª Assembleia Geral da CNBB, em Aparecida (SP). D. Raymundo Damasceno Assis não soube precisar a fonte das informações, mas afirmou que a nova classe média, ao mesmo tempo em que se afastou das igrejas evangélicas, se aproximou da Igreja Católica.
Segundo o Datafolha, a população católica perdeu fieis na última década, enquanto a população evangélica cresceu. Ontem, ao tomar posse como presidente da CNBB pelos próximos quatro anos, ele assumiu como principal desafio fortalecer o papel missionário da Igreja Católica no país. D. Raymundo Damasceno Assis afirmou que as paróquias precisam sair do "comodismo" e passar a buscar novos fiéis.
Atualmente, o principal alvo da Igreja Católica são os jovens. Uma das estratégias para conquistá-los é o uso da internet e das redes sociais, como defendeu o cardeal d. Odilo Pedro Scherer, arcebispo de São Paulo, em entrevista durante a assembleia. Já d. Raymundo Damasceno aposta suas fichas também na escolha do Brasil como sede da jornada mundial da juventude em 2013, evento que contará com a presença do Papa Bento 16.
Conciliador
Segundo bispos ouvidos pela reportagem, a escolha de d. Raymundo Dasmasceno como presidente da CNBB se deu principalmente por causa do seu perfil conciliador, da fidelidade ao Vaticano e ao papa e do fácil diálogo com o governo.
Questionado sobre o governo Dilma Rousseff, ele afirmou que avalia positivamente a gestão dela e a caracterizou como uma pessoa "discreta", que só aparece "nos momentos mais importantes".
"São personalidades diferentes", disse, ao ser questionado se a afirmação era uma crítica ao ex-presidente Lula.
O presidente da CNBB não quis comentar a decisão do STF (Supremo Tribunal Federal) que equiparou a união civil homossexual à heterossexual, na semana passada.
D. Raymundo Damasceno Assis afirmou que sua opinião era a mesma de uma nota emitida pela CNBB -que criticava o Supremo por ter ultrapassado "os limites de sua competência". Para os bispos, a decisão cabia ao Congresso Naciona