Parlamento não é único espaço de diálogo
Parlamento não é único espaço de diálogo
Renovar a decisão da vontade da construção de um país democrático é uma das soluções apontadas para o momento político vigente, defendeu o Bispo Dom Filomeno Viera Dias, quando comentava a situação em Angola, na conferencia de imprensa que se seguiu ao termo da primeira Assembleia plenária anual da Conferência Episcopal dos Bispos de Angola e São Tomé, reunida em Luanda de 16 a 22 de Março.
Dom Filomeno entende que há necessidade de um maior diálogo entre todos os actores políticos (partidos, organizações da sociedade civil), e que não deve ser apenas o Parlamento interpretado como único espaço de diálogo e de reflexão para os problemas do país.
Ademais, pensa que o diálogo entre os diferentes actores da vida da nação deve ser cada vez mais encorajado, proporcionado, bem como activado. Por outro lado, o Bispo defende que as várias questões que dizem respeitam à vida do povo angolano estejam no centro da política, apontando como exemplo a questão do combate à pobreza, apoio e promoção da juventude, dentre outras situações que exigem “diálogo não monolítico, mas inclusivo e abrangente”.
Para o Bispo da Diocese de Cabinda, somente nesse clima pode-se construir uma nação de modo harmonioso e de não de modo singular ,“orgulhosamente sós”.Em torno desse processo, considera ser importante que o povo não perca a esperança nos políticos, enfatizando que aquele “deve gozar da oportunidade de falar com os políticos, aqueles que governam”.
Sobre o papel da comunicação social, o responsável católico defende a necessidade de se ouvir várias vozes, assinalando que “o contraditório não existe na nossa comunicação social, elemento importante para uma informação credível”. Para aquele prelado, a presente nota pastoral pretende ser um encorajamento nessa direcção, porque doutra forma será um retrocesso que não será bom para ninguém.
Fonte: https://www.opais.net/pt/opais/?det=19918&id=1929&mid=228